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Chá dos 3

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sonhos de uma noite latina


Bethi, Pri e Memê: Segue mais uma historinha.... sem pé nem cabeça... começo ou fim... tirada das muitas bobagens e brincadeiras nesses anos de faculdade.
E Bethi, obrigada por imortalizar o latino americano de cabelos cor da noite. Sem a tua sensibilidade e a vassoura da bruxa talvez essa e muitas outras histórias não aconteceriam.

Essa pequena historinha é um regalo pra lembrar que eu não esqueci. Ainda farei outras pensando em vocês... alguém arrisca o nome da integrante do sexteto em que me inspirei?



Todo mundo tem um sonho maluco, uma vontade unica que fica escondida por talvez ser impossível demais para realizar.
Uma das minhas amigas tem o sonho maluco de um dia poder saltar por uma janela sem se machucar. Já eu sonho em um dia poder deitar e tirar um cochilo debaixo da água.
Assim como todos nós, o Ricardo também tinha um sonho desses. E não era ir à Nova York levar a namorada. Na verdade, o sonho dele ficava bem mais ao sul. Queria era ser dançarino de música latina.
Se pra você dançar uma música do Beto Barbosa numa festa trasch não é problema, pro Ricardo ficava no nível do impossível.
Uma vez até tentara implicar uma certa latinidade pedindo que o chamassem de Ricky, como o dos Menudos, mas o apelido não pegou.
Quem o visse diria que, se Ricardo tinha um sonho, era de fazer parte do Sepultura. Sempre de preto, cabelo comprido, anel de caveira e camiseta de banda, era a expressão do rock pesado. Ninguém imaginaria que debaixo daquilo tudo existia um bailarino de alma cubana.
Várias vezes ensaiou uma pseudo – revelação, mas sua namorada Manu cortava o barato com bobagens sobre homens que dançavam. Ela gritava para quem quisesse ouvir que homem que era homem não dançava, no máximo segurava um copo de cerveja e tirava o reboco da parede esperando a namorada voltar do banheiro. Nem se tomasse o chá do Boteco Intelectual Manuela aceitaria um namorado latino americano com os cabelos cor da noite gritando: - Hú!
Sem perspectivas de que as coisas mudassem, um dia Ricardo se encheu de coragem, criou uma desculpa qualquer e foi num domingo para Porto Alegre conhecer o tal do In Sano Pub. Lá, diziam, tocava salsa e ritmos latinos com banda e tudo mais.
Comprou uma roupa no estilo, se esgueirou pelas ruas de Porto Alegre e entrou triunfante no salão. Qual não foi sua surpresa quando viu que não era bem o que ela imaginava. Onde estavam as roupas coladas, risadas perturbadoras e perfumes adocicados?
Mas como essa é uma história de sonhos, nada parece o que é.
A banda começa a tocar sua música predileta e ele se recompõe. Joga a cabeça pra cima, encarna o personagem e decide tirar alguém pra dançar. E lá estava ela, sentada no bar, vestido rodado, bebendo um coquetel com guarda-chuva.
Convidou-a pra dançar e dois gritos de surpresa ecoaram no salão. Era Manuela: em carne, osso e babados.
Entre mãos desconcertadas e piscadas constrangidas ela tenta explicar que sempre sonhou em ser dançarina de música latina.
Ela era sua alma gêmea. Ele se rendeu.
E naquela noite morna selaram um acordo: ali seriam apenas Ricky e Lola.
Nada mais.


E o IN Sano existe mesmo. Quem quiser conhecer acessa aí embaixo.
IN Sano Pub: www.insanopub.com.br

E mais abaixo segue a música preferida do Ricardo.... rsrsrsrsr

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