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Chá dos 3

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Percepções


Escrevo este post inspirado nas palavras de Tata Bonjour em seu post “A dureza de crescer” postado no dia 15 de fevereiro de 2011.

Ao ler este post me deparei com algumas sensações tais quais as descritas no texto. E realmente quando verdades absolutas caem por terra, o meu mundo cai junto. O pior é que não sabemos lidar a desilusão, a perda da verdade ou sua transformação. O que mais tem me chamado atenção nestes últimos dias são as percepções, sim, como nós mesmos nos percebemos e como nós percebemos os outros.

Já diz o sábio dito “Não julgue um livro pela capa”, mas, como sempre o ser humano julga, acha e percebe o que lhe convém ou o que a coletividade acha que convém. Quando em um relacionamento existe a necessidade de esparar os corações amantes, a parte que sofre, tripudia a que parte que não chora, não expõe a mágoa e perplexidade da perda do dia-a-dia junto. A parte que não sofre, não chora, não se importa? Lógico que não, esta sofrendo também, mas de uma forma interna, contida, talvez a mente da parte que não sofre esteja mil, dando voltar e revoltas para saber como agir. Pois a parte que sofre diz, perceber que a parte que não sofre não está nem ai para o amor, para a vida que tinham juntas e para a eminente separação dos laços.

Quando um amigo se vai, se vai para o longe, para um local onde é necessário uma passagem área. O amigo que vai, sofre, mas está mais ansioso com o novo, como o esperado com as novas oportunidades, pessoas, movimentos e ventos que vai encontrar. Já o que fica, sofre, e fica vendo anos de amizades, indo pelo portão de embarque, pensando em como foi bom, quantas baladas, bebidas, porres, conversar ao pé de ouvido, quantos conselhos, quantos e quantas. E diz para o amigo que vai, você está feliz em ir, em me deixar sem porto seguro. Mas não percebe que o amigo que vai, sofre, calado, por estar indo, mas está se contendo para não afrouxar as amarras da emoção e de outro lado, mais forte e vivaz, está feliz, sim feliz, pelos novos caminhos abertos, novas emoções e novos começos.

Ou seja, percebemos, o que queremos ou achamos, mas nem sempre o que percebemos é o que deveria ser, nem sempre verdades, são absolutas!

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