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Chá dos 3

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A dureza de crescer


1ª Parte ou “O meu mundo é lindo e eu falo tipo, super e nem ”

Existem algumas verdades “absolutas” que são intrínsecas e irrevogáveis ao ser humano. A gente acredita porque acredita e tem-se dito, no bom e velho gauchês.

E não se fala mais nisso.

Eu, ___________ (preencha com o seu nome), diante da Torre Eiffel e por Santa Coco Chanel, juro acreditar completa e piamente nas seguintes verdades absolutas:

- amizades eternas

- amor a primeira vista

- vida após a morte

- sincronicidade

- oráculos de algum povo antigo

- (preencha com aquilo que melhor lhe aprouver)

Parte 2 ou “Eu não sou Maysa mas meu mundo caiu”

Mas o que acontece quando alguma das suas verdades absolutas não se mostra tão absoluta assim? O que fazer quando ela dá saltinhos, olha pra você e grita: - Rá, pegadinha do Malandro?

A primeira opção, querida amiga sensível e cheia de fé num mundo melhor, é sentar e chorar desesperada e convulsivamente. Afinal, é duro se enganar ou se sentir enganada. É sofrido perceber que aquilo que se viveu com toda a intensidade, espírito e sentimento não passava de mentira, e pior, só você não viu.

Todos os seus amigos tentaram te avisar.

Racionalmente você sabia que não era tudo aquilo.

Se ouvisse alguém que não fosse você falando a mesma coisa você acharia absurdo.

Se não fosse com alguém de quem gosta você até riria.

Você é uma pessoa instruída e lê sobre isso sempre.

Você até aprendeu sobre pensamento científico, filosofia, psicologia do relacionamento, epistemologia, entre tantas outras coisas na faculdade.

Você não viu. Você não quis ver. Você se sente enganada por aquela traíra do espelho.

Esse é um dos momentos pelo qual passamos boa parte da vida esperando. O momento em que um sim e um não fazem toda a diferença. O momento em que nada mais será igual porque alguma coisa em você se quebrou. Aquele momento em que anos depois você saberá definir em todos os sentidos porque você sabe que de agora em diante tudo será diferente. Você sabe que vai crescer e se tornar forte. Você sabe que pra isso vai sofrer. E muito.

Você chorou todas as lágrimas possíveis e sua desidratação quase trouxe vida ao Saara. De tanto chorar você aliviou a tensão e como toda guerreira desesperada que é pensou em encher seu dia com atividades malucas como esgrima, aerobox, pintura em vidro, yoga e uma potencial mudança de cabelo. Você olha para o espelho e não se reconhece mais. Você quer correr pra gastar essa energia de culpa que te consome. Você que dormir pra morrer um pouco e esquecer o que passou. Você quer dar uma guinada na vida e ser uma pessoa melhor. Você quer crescer, mas não sabe pra onde.

Mas não se engane, você já sabe o que vai fazer, só não se deu conta.

Parte 3 ou “o Highlander que existe em cada um de nós”.

Agora que você já se vitimizou o suficiente, já mergulhou na autopiedade e deu uma cavadinha no chão pra ter certeza de que chegou ao fim do poço é hora de apertar o restart. Mas nada de gritos histéricos, calças coloridas e língua do X. Recomeçar exige comprometimento e até, por que não, uma certa estratégia.

Assim como na guerra, você precisa fazer pactos de defesa mútua, ou seja, recrute seus melhores amigos e peça apoio. Em troca, se ofereça para ajudá-los também. Assim vocês se apóiam, se cobram e se ajudam.

Você não precisa ser uma lutadora oficial do Mortal Kombat, mas por que não se inspirar no charme da Kira para resolver as coisas? Às vezes um pouco de frieza é importante também. Eu sei... aí bate um coração de Madre Tereza e você não vai deixar de ser quem é e blá, blá, blá. Mas não é disso que estou falando. Madre Tereza também teve que ter pulso firme, tomar decisões importantes, abrir mão de algumas certeza pra fazer o que devia ser feito, mas sem perder a doçura.

Sei o que você está pensando, que é fácil falar de fora, difícil é saber em que direção o vento sopra quando se está no meio do furacão. Mas as coisas são assim mesmo, só quem está na poça pra saber a profundidade da lama. Mas um dia isso passa, como tudo na vida, seja bom ou ruim.

Monte um esquema. Pense bem e faça escolhas importantes. Crie objetivos a curto e a longo prazo. Dê vida à sua vida. Se dê um bota fora.

Escolhas feitas... se dê um dia ou uma noite e extravase. Coloco a louca que existe em você pra fora sem medo de ser feliz. Brinde com os seus amigos. Sele um pacto.

E daqui há um ano, marque um novo encontro com seus amigos pra pontuar o que mudou. Você vai ver que é exatamente a melhor pessoa que você poderia ser.

Eu sou o máximo...

Um comentário:

  1. Néh então! Adorei o post amiga... parabéns. E a vida é um caixinha de pandora! (SIC)

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