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Chá dos 3

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Espelho meu... existe alguém com mais medo do que eu?


Ontem à noite fui ao cinema com meu querido amigo Dé +, e depois de muitas risadas nos despedimos e cada um foi para o seu lado. Mas o que era para ser uma noite de diversão quase acabou em tragédia. Por questões que não cabem aqui e para encurtar uma história longa, quase sofri um acidente. Muitos se desesperaram e externaram diferentes reações. Eu não esbocei reação nenhuma, nada além de silêncio e imobilidade.

Mas por que falar disso?

Para falar sobre medo.

Analisando friamente a situação, fiquei um tanto quanto surpresa em não esboçar reação alguma frente a uma situação de perigo iminente e talvez, quem sabe, até risco de morte. Ou seria de vida? Bem... Regras do português!

Mas o que importa é que sempre imaginei que diante de uma situação extrema minha reação se daria da mesma forma: extrema, passional, incontida, involuntária. Jamais imaginei apatia.

Tenho uma visão particular sobre a morte e não tenho sintomas de desespero no que diz respeito a essa passagem. Talvez por isso não tenha me chocado.

Mas muitas pessoas têm medo de morrer, assim como têm tantos outros medos, externando suas fobias das mais inusitadas maneiras.

Eu morro de medo de aranhas. De qualquer tipo, tamanho ou cor.

Estranho pensar que um animal tantas vezes menor do que eu cause tanto pânico. Diante de uma aranha me torno irracional, mesmo sabendo, conscientemente, que sou muitas vezes maior que a aranha, e que, portanto eu me torno a real ameaça dela.

Como disse, meu medo é irracional, não se condiciona a lógica.

E desde quando medo respeita alguma coisa? Que dirá a racionalidade.

O medo é incoerente.

É incoerente e tem nome próprio.

Agora, além de sabermos de cor nosso cep, é preciso decorar o nome de nossa principal fobia.

Nessa moda de dar nome a todas as coisas, minha principal preocupação é a de dar voz a todas as coisas. Principalmente ao medo.

Tomei uma decisão: dou ao medo a voz que ele quiser... só não darei ouvidos.

Pelo menos até o próximo capítulo dessa história!


Tá com medinho? Pede pra sair...

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