
Nem só de figueiras se faz a Lagoa dos Patos. Fui conferir de perto as águas ora doces, ora salgadas, cantadas por Osvaldir e Carlos Magrão e tenho que admitir que a Lagoa é linda.
Não encontrei patos, mas uma cidade com valores antigos e que ainda caminha no seu próprio tempo. Pessoas que se cumprimentam pelo nome, que dividem chimarrão com desconhecidos, que fazem questão de saber se o atendimento foi bom, que puxam assunto.
Acostumada com uma vida mais dinâmica, no começo fiquei irritada com a lentidão, com a falta de um caixa eletrônico e internet rápida.
Mas depois quando vi que a unica moça que tirava extrato na unica lotérica da cidade (e fazia o saque, pagava contas, fazia o jogo do bicho, ...) tratava as pessoas pelo nome, como velhos conhecidos, me rendi.
E é bem como aquela frase do Quintana : "O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você".
Foi só relaxar que a vida começou a fluir e coisas legais apareceram...
Encontrei uma sorveteria que servia Petit Gateau, uma figueira que é a maior do Brasil (chamada de Figueira da Paz), fiz amigos de vários lugares, descobri que o proprietário da casa onde fiquei era italiano e ele contou váááárias histórias legais, inclusive sobre a casa onde eu estava... enfim... tantas outras coisas...
Entre homens pilchados e pescadores... encontrei até um pedacinho da França.
Fica a lição de que a vida é sempre uma caixinha de surpresas.
À bientôt!
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