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Chá dos 3

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O amor romântico está em extinção


A psicanalista e escritora Regina Navarro Lins levanta suas ideias ousadas - para não dizer transgressoras - sobre o amor romântico. Confira


Por que as pessoas estão buscando novas formas de se relacionar?
O amor romântico, calcado na exigência de exclusividade, começa a sair de cena porque contraria o principal anseio da sociedade atual: a busca pela individualidade, pelo desenvolvimento de nossos potenciais. Nesse contexto, a imagem de fusão - dois seres que se tornam uma unidade -- deixa de ser atraente. Uma relação só tem sentido se nos ajuda a crescer e a nos desenvolver. Se estiver fundamentada na ética do sacrifício, na ilusão de que é preciso ceder sem limites, torna-se um fardo. Por essas razões, está surgindo um amor mais centrado na amizade e no companheirismo, sem a exigência de exclusividade.

Muitas mulheres são assertivas e competentes na vida profissional, mas se sentem diminuídas por não terem um companheiro. Como você avalia essa contradição?
Há uma grande diferença entre a mulher independente e a autônoma. A primeira ganha seu próprio dinheiro, eventualmente mora sozinha, dirige uma empresa ou é profissional liberal. Financeiramente, comanda a própria vida. A segunda, além de gozar de autonomia financeira, não se submete aos valores comumente impostos às mulheres, tais como: manter-se a mulher um ser frágil e dependente que tem de ter um homem ao lado para protegê-la, só fazer sexo com amor, reprimir a vontade de transar para não ser taxada de promíscua. Portanto, existem mulheres independentes que estão longe de ser autônomas.

Fonte: Essa matéria foi publicada na revista Bons Fluidos no dia 07/04. Para ler na íntegra acesse aqui.

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