Alma Carioca

Estive em férias na Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro.

Sempre cultivei aquela vontade de conhecer a Cidade Maravilhosa, desde pequeno ouvi falar do Rio de Janeiro, de suas belezas, da cidade que não tem sono, do glamour e das celebridades que lá estão.

Falando um pouco da minha experiência, houve altos e baixos.

Fiquei hospedado no apartamento de duas amigas minhas que atualmente moram e trabalham lá, ainda há uma terceira amiga que mora em outro apartamento lá. Rever velhas amizades, fofocar, contar causos, relatar acontecimentos, realmente não tem preço, nem o mastercard paga, hehehe. Fiquei na Barra da Tijuca, lar dos centros comerciais, prédios espelhados, shoppings enormes e onde muitas celebridades fincam suas residências.  Adianto que lá não vi nenhum celebridade ou pseudo-celebridades.

Não consegui adaptar-me profundamente ao que mais tarde, no penúltimo dia, conheci como Alma Carioca. Sim, existe um fluxo de vida totalmente diferente do que estou acostumando aqui no RS. Eu estava de férias lá, então tudo para mim era novo, primeira vez que fui, e tudo muito diferente. Bati perna, para cima e para baixo, nunca bebi tanta água e nunca suei tanto. É quente, abafado e úmido pelo mar, então estava sempre “brilhando”!

Não me acostumei por mais que tenta-se ao vai e vem dos ônibus, não pelo ônibus em si, mas pelos trajetos homéricos e demorados, e se tinha transito então, esquece, ente 1h e 2h para fazer o trajeto, Barra da Tijuca – Ipanema/Copacabana. Mas eu fiz diversas vezes, eheheh.

Realmente, a orla do Rio é algo de tirar o fôlego, praias lindas, misturadas as montanhas gradeadas pelas comunidades que se proliferam nas encostas dos morros. Muitos filmes e peças de teatro em cartaz, espetáculos de comédia, entre outras atrações culturais. Havia sempre algo para fazer, olhar, ir ou cobiçar. Mesmo para os mais alheios aos espetáculos, o simples estar na praia já era mais do que o suficiente.

Corpos morenos, da cor do pecado, bem modelados pelas caminhas e horas de acadêmica era comuns, sim era um regra, pude notar que o físico é uma parte importante da Alma Carioca. Correr, malhar, beber sucos e comer saladas é um ritual carioca seguido a risca por muitos. Houve um choque interno em mim, emoções e razão neste ponto da viagem!

Uma cidade aberta, diversa, as pessoas se expressam e são o que são e pronto. Há uma cultura de diversidades onde a Alma Carioca permite que todos sejam acolhidos.

No inicio achei que havia algo errado, o sotaque, o jeito de se expressas do carioca, as maneiras. Conclui que era falta de educação ou certa estupidez. Até que um amigo gaúcho que também estava de férias no Rio, nos encontramos para um lanche, me falou, ao comentar isto com ele, “não, isto eu chamo de Alma Carioca” ali então eu percebi, Sim! Tudo é assim, na realidade é como se é, como eles agem e são. Palavras como: porra, caralho, maluco, muleque/muleke/lek, mano, irmão, são instantâneas na língua orla carioca, além da ausência do “tu”, que falado, já te entrega “gaúcho, c de onde?”.  Percebi uma ausência de “obrigados” e “por favores”, mas ao mesmo tempo não era uma falta de educação, era o normal.

A cidade tem partes lindas sim, mas quanto mais perto do centro mais velha, antiga e suja ela fica. Sente-se um odor bem característico na cidade toda, ordor não perfume, ok!

Mas como leram, houve mais pontos positivos do que negativos.  Adorei a visita. Não moraria lá, mas com certeza voltei para visitar.

Ah, se vi celebridades, vi sim. Fernanda Torres, entrando em seu prédio, meio na camufla, mas eu vi.  Fui ao show, um pré-carnaval, onde Ivete Sangalo era a artista principal, e ainda vi Preta Gil no mesmo show.

Ai, mas é tão bom estar em casa!

Abraços.